Dia 22 de Maio de 2003 - 16:30 horas - Livraria da Biblioteca Nacional - Entrada Livre

António Teixeira e a cantata Glória, Fama, Virtù

Durante o reinado de D. João V, os rendimentos obtidos com o ouro do Brasil e o consequente desafogo financeiro, paralelamente ao gosto e vontade do monarca, criaram as condições necessárias para o desenvolvimento das artes e da música em particular: a criação do Seminário da Patriarcal em 1713, (instituição que viria a tornar-se na principal escola de música em Portugal até à sua substituição pelo Conservatório em 1835) e a contratação de músicos profissionais do mais alto nível europeu para a Capela Real, foram determinantes para renovação da vida musical portuguesa.

Alguns dos discípulos mais dotados do Seminário da Patriarcal foram enviados para Roma como bolseiros, entre os quais António Teixeira. Poucas são as obras conhecidas deste compositor e muita da sua música perdeu-se, talvez para sempre. Entre as suas composições a Cantata a 3 Voci [...] Glória, Fama, Virtú, que se encontra na colecção de manuscritos musicais da Biblioteca Nacional, é uma das poucas de carácter profano até hoje conhecidas, o que lhe confere uma importância particular.

Sílvia Sequeira
Centro de Estudos Musicológicos da Biblioteca Nacional