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De
9 de Outubro a 28 de Outubro 2006 - Entrada livre
Manuel Mendes (1906-1969)
A fim de assinalar o centenário
do nascimento de Manuel Mendes, a Biblioteca Nacional
tem patente, em três vitrinas na Sala de Referência,
até 28 de Outubro próximo, uma mostra
bibliográfica sobre esta personalidade da cultura
portuguesa.
Escritor, jornalista, crítico
de arte e tradutor, Manuel Mendes nasceu em Lisboa,
em 1906, e faleceu na mesma cidade, em 1969. Cultivou
também a escultura, sendo que a «sua escultura
vai para além do amadorismo […]. Os bustos
e as cabeças de Manuel Mendes acusam, na verdade,
uma grande serenidade e severidade que os dignificam.»
(Margarida Marques Matias).
Colaborador da Seara Nova, conviveu desde cedo
com Raúl Proença, Câmara Reis e
António Sérgio e Raul Brandão,
«seu mestre e paradigma literário»
(Mário Soares), de quem foi um divulgador empenhado.
Como aluno da Faculdade de Letras participou na greve
académica de 1931, tendo, a partir desta data,
tomado parte em, praticamente, «todas as conspirações,
revoluções e tentativas revolucionárias
contra a ditadura […]. Libertou, de armas na mão,
um companheiro preso que estava a ser torturado, num
assalto bem sucedido à esquadra da polícia
do rego.» (Mário Soares) Fez parte da efémera
Frente Popular, do MUNAF, da Resistência Republicana
e da Acção Socialista Portuguesa;
foi um dos promotores do MUD, tendo sido membro da sua
comissão central, e integrou as candidaturas
de Norton de Matos e de Humberto Delgado à Presidência
da República.
A sua obra mais conhecida, Pedro:
romance de um vagabundo (1954), foi adaptada ao
cinema, por Alfredo Tropa, com o título de Pedro
Só (1972). Bairro (1945), Estradas
(1952), Alvorada (1955), Segundo livro
do Bairro (1958), Terceiro livro do Bairro
(1959), Assombros (1962), Roteiro sentimental
(1965-1967) e História natural (1968)
são outros títulos de sua autoria. No
campo das artes plásticas escreveu monografias
sobre Machado de Castro (1942), Rodin (1945),
Dordio Gomes (1958), Abel Manta (1958),
Carlos Botelho (1959), Diogo de Macedo
(1959), Jorge Barradas (1962) e Francisco
Smith (1962), para além Considerações
sobre as artes plásticas (1944), Lembranças
de um amador de escultura (1955) e Raúl
Brandão e Columbano (1959). Debruçou-se
ainda sobre as biografias de Antero de Quental
(1942), Herculano, (1945), Oliveira Martins
(1947) e Aquilino Ribeiro (1960). Deixou colaboração
em vários jornais e revistas, como República,
Seara Nova, Revista de Portugal e
Vértice.
Fundação
Mário Soares - Fotografias de Manuel Mendes
Horário
de visita à Exposição: |
Dias úteis:
10h - 19h
Sábados: 10h -17h
Encerra domingos e feriados |
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