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De 24 de Maio a 2 de Julho de 2005 - Entrada livre
Centro Nacional de Cultura: 60 anos de uma vida cheia
Fundado em 13 de Maio de 1945, uma semana depois do fim da guerra, por Afonso Botelho, António Seabra e Gastão da Cunha Ferreira, o Centro Nacional de Cultura tem sido um lugar de debate e encontros. As personalidades de Francisco de Sousa Tavares e de Sophia de Mello Breyner Andresen, nos anos cinquenta e sessenta, e de Helena Vaz da Silva, no período da democracia marcaram a vida do centro, imprimindo-lhe um cunho de liberdade e de abertura de espírito.
Primeiro, foi o tempo de uma mesa e algumas cadeiras de lona, uma velha máquina de escrever e um frigorífico antigo que enganou a polícia política. Depois, foram os “passeios de domingo” e as viagens dos Portugueses ao Encontro da sua História, com o entusiasmo timoneiro de Helena. O primeiro grupo era de jovens monárquicos, mas, a pouco e pouco, todos os protagonistas da cultura do século XX passaram pelo CNC – a dizer o que entendiam, sem pensamentos únicos nem preconceitos limitadores.
As paredes do velho Centro testemunham extraordinárias iniciativas e diálogos – Almada Negreiros e Fernando Amado -, a aventura do teatro que conduziria à Casa da Comédia, as conferências inconformistas, a arte, a filosofia, a literatura, Delfim Santos, Gabriel Marcel, José Marinho, Joel Serrão, Eduardo Lourenço... Nos anos sessenta a política activa possível assentou praça. Gonçalo Ribeiro Teles, Helena Cidade Moura, Francisco Lino Neto, António Alçada Baptista, João Bénard da Costa, José Cardoso Pires, José Manuel Galvão Teles, José-Augusto França fizeram o CNC andar ao ritmo de um tempo de cursos académicos, guerras coloniais, de renovação da igreja com o concílio, de falta de liberdade que ansiava por ar puro.
E veio a liberdade e a liberdade continuou a ser a marca do centro. O CNC dirigido por Helena Vaz da Silva tornou-se um lugar de memória e de futuro...
Horário de visita à Exposição: |
Dias úteis: 10h - 19h
Sábados: 10h -17h
Encerra domingos e feriados |
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